A essa altura do debate ambiental considerar a energia nuclear uma saída para o aquecimento global é uma prova de que os governantes e gestores não entenderam ainda o que é meio ambiente. Essas pessoas pensam mesmo que o aquecimento do planeta é o único problema ambiental que temos a vencer?
A COP16 começou ontem sem grandes expectativas, mas boas possibilidades. Já que o embate político deve ser bem mais discreto e suave que na COP15, em Copenhague. Os grandes líderes não vão. Dilma estará ocupada tentando proteger do PMDB os ministérios que ainda restam para o PT. Sem grandes chefes e seus egos, os articuladores e técnicos poderão discutir diretamente e propor soluções que serão levadas aos seus países.
O desconhecimento da interligação ecológica vai continuar trazendo obras de forte impacto ambiental e de grande gasto energético. O debate precisa focar em otimizar energia e satisfazer as necessidades de qualidade de vida da população mundial. Para isso precisamos pensar em indicadores regionais de satisfação. Se a qualidade de vida continuar a ser medida pelo consumo não teremos saída para o aquecimento.
Na COP15 o Brasil levou uma proposta ousada de redução dos gases do efeito estufa. Disse que reduziria até 39% a emissão de gases até 2020. Bonito né? Mas como vai fazer?
Agora, sem arrogância de políticos, sem o clima de "quem dá mais", podemos falar de metas reais e de como alcança-las.
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