sexta-feira, 21 de março de 2014

Por que ver o novo Cosmos?

Ontem a noite vi o novo Cosmos de Neil deGrasse Tyson e fiquei contente com o resultado. A série começa exatamente no mesmo lugar que a original. Recomendo a todos que vejam.

Ateus, vejam as maravilhas que o conhecimento humano descobriu.
Cristãos, vejam o quanto a criação de Deus é muito maior do que você sabe.
Crianças, viajem pelo espaço por planetas estranhos.
Historiadores, percorram o caminho que a compreensão do Universo percorreu até o presente momento.
Pais, encontrem as respostas das perguntas dos seus filhos.

Quando li por aí que estavam fazendo uma nova edição da série, me perguntei: pra que? A série apresentada por Sagan é linda, todo o conhecimento sobre o Universo alcançável por leigos estava lá. Na verdade houve poucas descobertas impactantes que merecessem uma reedição. A principal é a descoberta de planetas fora do Sistema Solar.

Mas o novo Cosmos é muito rico em imagens. Somente do telescópio Hubble são 24 anos de trabalho. Um telescópio no espaço, sem atmosfera, tirando fotos dos corpos celestes mais distantes. Essas imagens estão em Cosmos e as da Estação Espacial Internacional também. Nenhum desses equipamentos existia quando Segan produziu, escreveu e apresentou Cosmos, no início dos 80.

Comparando com o antigo, o Cosmos de Neil deGrasse Tyson é mais pobre em poesia. Além disso, Sagan dava momentos de silêncio e contemplação, parecem bem propositais, para que as pessoas assimilassem as informações passadas.

Se o texto é mais pobre que o original, a nova versão compensa em ilustração, principalmente usando desenho animado e computação gráfica. Há muito mais informação por episódio. Isso é válido para esses tempos de maior velocidade, ainda mais considerando que até nas TVs, atualmente, podemos dar pause e comentar com a família.

Até perto do final do primeiro episódio eu achava que o programa estava OK. Neil é mesmo simpático e carismático, mas ele me ganhou quando contou da sua relação com Carl. Acariciar os fãs de Carl Sagan com as lembranças de quem era o mestre pode ter sido apenas uma estratégia para conquistar os espectadores mais resistentes. Mas era necessário. Um cara que ocupa o lugar do mestre deve respeitar a memória do mestre. Ele não apenas demonstrou isso mas praticamente fez uma declaração de amor a Carl.

Espero que o programa tenha o impacto desejado pelo seu criador. Desenvolver a admiração dos humanos pelo planeta que habitam. Lembrar a todos de que somos capazes de maldades terríveis, mas o conhecimento é a prova de que igualmente somos capazes de produzir maravilhas.












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