quinta-feira, 29 de abril de 2010

Belo Monte, meio ambiente e a democracia falsa

Gerar energia com grandes obras, longe dos centros de consumo. Essa é a fórmula dos grandes contratos com empreiteiras. Atualmente temos tecnologia para produzir energia limpa em pequena escala, perto de onde ela será consumida.

O e
ngenheiro mecânico Fernandes Ximenes, cearense, desenvolveu o poste alimentado por dois tipos de energia limpa: eólica e solar. Veja ao lado.

Com a implantação desse equipamento nas cidades do pais economizariamos mais energia hidrelétrica que a produzida por Belo Monte. A economia também acontece na distribuição de fios, e acabaria o apagão. Uma lâmpada ou gerador limpo pode quebrar eventualmente, mas não os postes de uma avenida inteira.

E porque não acontece? As grandes distribuidoras de energia (Eletronorte, Chesf...) ganham com a dependência da sociedade da energia produzida por eles. Os acordos de concessão são prorrogados à vontade, de acordo com os acertos políticos. Essas empresas alimentam empreiteiras privadas que alimentam campanhas eleitorais.

Fechado o ciclo? Então qual o valor da biodiversidade, das culturas indígenas, do equilíbrio ambiental se acordos políticos e econômicos podem continuar sendo feitos com grandes obras? Nenhum.
Contra o meio ambiente e os povos indígenas toda sociedade se levanta. O povo fala do crescimento do país, a grandiosidade da pátria, argumentam que as obras gerarão empregos e votam nos políticos que fazem tudo da mesma forma. Justamente porque essa é a fórmula dos políticos manterem-se no poder.

Cemitério de árvores em pé, hidrelétrica de Balbina. O mau cheiro de árvores em decomposição durou anos.

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